sexta-feira, 29 de outubro de 2010

.5. Aquele da Imagem!


.4. Aquele curtinho!

Como a sensação de ser útil parece completar nosso ser de uma forma ímpar. Na verdade, quando a existência passa a ser notada, a vida toma um propósito e nos transformamos em ferramenta de desenvolvimento social, ou seja, retribuímos ao mundo a graça de convertermos oxigênio em gás carbônico da forma mais generosa possível: servindo ao outro gratuitamente.

Breviedade é ter a habilidade que conseguir contemplar a totalidade das idéias em momentos ideais e úteis. Gosto de ser breve. E útil.

Por hoje é só!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

.3. Declaro ao amigo que;

Vou aproveitar o ligeiro momento de sol para escrever algumas pequenas e singelas palavras, meu velho amigo. Digo velho por que dos anos que acredito que realmente tenham sido aproveitados da minha simples vida, aqueles bons mesmo, tu sempre esteve presente – de forma tangível ou não.

Dividiu tanta coisa comigo, se valendo apenas da incerteza de retorno e da gratuidade situacional. Foste um mestre em todos os sentidos, orientando as mais diversas questões que lhe trazia à uma solução viável ou uma forma engraçada de sorrir com o incorrigível ou imutável. Conseguiu moldar em mim um projeto de pensador que hoje consegue observar as coisas de modo diferente e realmente percebe a beleza, mesmo em seu estado bruto.

Tu tens uma maestria particular de apontar sua visão com humildade que acaba por convencer ou outros de que o teu ponto é correto. Criou uma forma pura de perfeição admirável que consegue equilibrar a perversidade diabólica com personalidade divina. Tornou-se um homem de várias mãos, pernas e cérebros e com esses, desempenha tarefas além da compreensão dos olhos que julgam, mas muito claros aos olhos que contemplam.

Vem de um carinho maternal aos teus e consegue nos despir com delicadeza até que entreguemos de boa vontade nossos mais profundos medos às tuas mãos para nos cuidar. Após abraçar silenciosamente, abre um sorriso réptil que desconserta e logo atrás brinca com o sério, mostrando que a seriedade é divertida, mesmo com toda a sua complexidade e melancolia.

Nunca foste de palavras soltas nem de anedotas infantis. Até suas atitudes imaturas são perfeitamente embasadas pelos pensadores grandes, que de tão grandes acabaram se juntando a única entidade capaz de entender com paciência essa grandeza. Dissemina o teu conhecimento de forma altruísta, por que de fato acredita que o altruísmo consegue construir um ser humano melhor e ao mesmo tempo, vale do sarcasmo como ferramenta medonha para tripudiar-se dos não queridos, provando mais uma vez que essa tal perfeição é particular.

Amo-te muito, meu amigo. E minha forma mais gentil de expressar isso é escrevendo uma resposta de e-mail, já que as cartas hoje demoram e o frio do monitor muitas vezes consegue esquentar os corações dos leitores que admiram palavras como arte emoldurada à tecnologia.

Sempre Saudades Suas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

.2. O caso da invejinha

Vou ser bem sincero com todos; morro de inveja de quem consegue escrever bem. Não estou desmerecendo os meus predicados, mas queria poder ser um tanto mais criativo para elaborar a verdadeira arte da escrita e o mais importante, repassá-la com excelência.

Hoje as habilidades se lapidaram tanto que o nível de complexidade que elas alcançaram chega a ser apavorante. Tu tens que procurar fundamentos, técnicas especiais e segredos antigos para se destacar num turbilhão de informações que são válidas. E validade não é sinônimo de utilidade. Uma, se considera a própria existência, a outra, se o que faço com ela realmente poderá fazer de mim e dos meus felizes.

Logo, quando leio algo que inebria os olhos e consegue me despertar a labareda do pensamento, tento profundamente copiar, como forma de auto punição ou talvez pífia ação de defesa contra o que mais me satisfaz. O ser humano desempenha um perfil protecionista singular que, de todas as formas, faz com que o eu seja bem mais importante e fundamental que o ele. Ou ela. Ou eles.

A filosofia ramifica-se em explicações da cólera desencadeada pela inveja, mas prefiro pensar que nada mais se trata do que a minha vontade sendo soterrada pela ação do próximo. Ele fez; Azar o meu que deveria ter feito/pensado/escrito/pintado/cantado antes! O bonde passa e a passividade de acompanhar esses trilhos é dolorosamente visceral.

A tal brancura inventada para colocar panos quentes no sentimento ruim é uma bela maquiagem para olhos ofídicos. Rasteja-se através de cantos, entende-se por abrandar o sentimento com justificativas bonitas, em uma tentativa de silenciar o grito interno que clama e destruição alheia. Gostaríamos de vê-lo arder, fritar e ser empalado à lá Vlad Tapes, mas não, criamos argumentos mentirosos, olhamos para cima com o esforço de fisiculturista e sorrimos como uma Miss dizendo: “Ai, que invejinha branca”.

Entender limitações é o caminho ideal para buscar uma forma prática de rompê-las. A compreensão sempre ajuda, acalenta e acalma, criando um habitat adequado para outros bichinhos poderem se desenvolver felizes: a temperança, a paciência, a boa vontade e, principalmente a virtude de admirar. Esta última que desempenha o miraculoso papel de colocar em letras graúdas no teu inconsciente a pergunta – Queres chegar lá?

Tentar é aprender que a ação consegue transformar a inércia em resultados. Tentar estrategicamente é tornar os resultados efetivos. Tentar estrategicamente sob a criação de outrem e encurtar o caminho para a satisfação pessoal! ^^

Votem com responsabilidade!